O INGLÊS
E OS BRASILEIROS
Eu ainda me lembro da
primeira propaganda de uma série falando sobre o orgulho de ser brasileiro. O
então jogador Ronaldo Fenômeno protagonizou, e foi muito bem apropriado; pois
ele tinha acabado de sofrer uma contusão seríssima e havia superado. A frase: “Sou brasileiro e não desisto nunca”
funciona para nós em um monte de situações; mas acho que para línguas apenas a
minoria faz valer a frase. Já houve quem pesquisasse e descobrisse que o
brasileiro tem um interesse muito baixo para aprender línguas. É cultural!
E constatei isso na prática
com a chegado dos haitianos ao Brasil. Na minha comunidade fiz muitas amizades
haitianas. Isso por que queria melhorar meu francês. Eu e alguns deles propomos
uma parceria de seis meses para ensinar francês a brasileiros e eles aprenderiam
português na contrapartida. Resultado: muitos entusiastas, mas poucos
estudantes; e menos concluintes ainda. É Brasil, é cultura!
O inglês é uma língua
franca e todos devem estudar e aprender como se fosse sua própria língua, pois
ele não é uma língua de um país, mas do mundo. O brasileiro até tenta, mas
desiste até o terceiro mês. Geralmente são as crianças que conseguem concluir
cursos e mais cursos. Isso porque muitas vezes são os pais que as obrigam.
Defeito ou virtude quando vira cultura; é cruel. Não desista da sua caminhada
com a língua inglesa.
Somos mais de 200 milhões
de pessoas e a taxa de pessoas que são competentes em inglês é baixíssima. Já
li várias estatísticas e todas elas apontam um número baixo de brasileiro
falante de inglês. Não chega a 10% da população. E essa cultura de não levar a
sério o estudo de um idioma é enigmático para mim, pois há mais de 150 línguas
indígenas ao lado do português aqui no Brasil. Sua missão é engrossar a
estatística dos que falam inglês com competência.
Para nós que somos amantes
das línguas há um desafio muito grande: quebrar
essa cultura. Encontro amigos me dizendo que eu perco muito tempo estudando
línguas. Você provavelmente também já encontrou alguém te falando o mesmo. Mas
o que está do nosso lado é a paixão. É claro que o brasileiro
fica encantado quando encontra outro brasileiro que fale uma ou mais línguas
estrangeiras, mas poucos conterrâneos querem pagar o preço de se aprender
língua estrangeira. Sejam quais forem as línguas que você esteja estudando; o
inglês tem que fazer parte da lista.
Graças a Deus que com o
surgimento da internet milhões de brasileiros estão quebrando essa cultura.
Hoje temos o recurso das mídias sociais que agrupam os apaixonados por línguas.
E o ensino barateou e até gratificou. Esses fenômenos são responsáveis diretos
por estar derrubando a cultura do brasileiro de não levar a sério o aprendizado
de línguas.
São dezenas de professores
na internet que tem excelentes materiais e vídeo-aulas; tudo gratuito. E os
atendimentos e materiais pagos são para todos os gostos. Isso é bom para a
cultura! Isso é bom para a elevação do pensamento crítico. Isso é bom para a
comunicação entre as pessoas num mundo globalizado e instantâneo em que parar
para traduzir no Google é perca de tempo.
Amigo, amiga; você tem um
diferencial no seu currículo: falar
outras línguas. Isso deve te orgulhar! Quero terminar com um pensamento que
li alguns anos atrás: VOCÊ VALE PELO TANTO DE LÍNGUAS QUE VOCÊ
FALA. Isto é; você é um homem e fala 5 línguas, então você vale por 5
homens. Avante na caminhada de ser poliglota!
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