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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

INGLÊS | HISTÓRIA DA LÍNGUA GLOBAL


INGLÊS | HISTÓRIA DA LÍNGUA GLOBAL
 Alguém disse: “Dinheiro e riqueza material serão substituídos por informação e conhecimento na estrutura da sociedade humana presente.” Isso implica o analfabetismo! Não estou falando do analfabetismo da nossa língua – o português; mas estou falando do analfabetismo da língua inglesa. Uma vez que a era da informação que vivemos exige de nós autonomia e domínio pleno em nossa língua portuguesa e na língua inglesa.
Nos anos 80 e 90 apenas cargos de alto escalão como os dos grandes executivos, exigiam fluência na língua inglesa. Agora é diferente porque o mundo faz circular conhecimento e cultura em inglês. É em inglês que são trocadas informações, divulgado pesquisas, elaborados manuais científicos e técnicos. Isso acontece em países que não tem o inglês como língua oficial.
Mas a história da língua inglesa começou a dezenas de séculos atrás. As ilhas britânicas receberam influências de línguas antigas dos germânicos, a saber, anglo-frísio e saxão. Somando-se a isso, o latim foi língua dominante por lá por séculos. Tudo isso foi nos idos dos anos 400, isto é, século V. O poema épico Beowulf foi escrito numa dessas línguas embrionárias do inglês.
Percorrendo por todo esse percurso, o inglês foi sofrendo mudanças graças aos contatos com inúmeros dialetos e línguas. Os estudiosos dividem o inglês em antigo, médio e moderno. O dialeto de Londres foi o balizador da língua inglesa. Geoffrey Chaucer com suas The Canterbury Tales ajudou nesse processo.
No século XVI, isto é, nos anos de 1501; o inglês entrou na fase moderna. William Shakespeare com suas obras clássicas, juntamente com a versão bíblica do Rei Jaime (King James), deram formas modernas que conhecemos e estudamos hoje. É claro que um texto de 500 anos atrás é um pouco diferente em se comparando com um texto de hoje. Mas qualquer um que sabe inglês tem acesso ao texto dessa época.
Os estudiosos linguistas tem várias metodologias para explicar o fenômeno da língua inglesa. Kachru, por exemplo, classifica em Expanding Circle, Inner Circle e Outer Circle para explicar como a língua inglesa se tornou uma língua global. Outros partem de outras perspectivas. Acho que todas são válidas. A dispersão da língua inglesa compreendida por fases é interessante. A primeira incursão foi dentro de seu próprio território – Reino Unido. Língua regionais como o Gaélico e outras perderam força diante do Inglês. A segunda incursão se deu com o avanço para as colônias das Américas e da Oceania. A terceira incursão alcançou os povos da Ásia e África. E a última incursão ocorreu devido a liderança americana no mundo e o aparecimento da era da informação.
Se marcarmos a história com fatos, podemos ver três pontos. A Inglaterra com o seu poderio econômico nos idos de 1800, expandiu seu colonialismo. Essa foi a época da revolução industrial. O segundo fato se deu pelo aparecimento dos Estados Unidos no cenário mundial nos anos de 1900. O poderio político, militar e econômico fez com que a língua inglesa desbancasse o francês como língua diplomática. As guerras desse século selou o poderio americano, e, a língua inglesa foi de brinde. E o terceiro fato marcante foi o surgimento e o fortalecimento da TV, Telecomunicação, Rádios, Satélites, Internet, e a Mídia em geral. Em outras palavras – a era da informação.  Esse fato terceiro fez com que vivêssemos numa vila global.
Alguns pesquisadores colocam a questão da identidade frente a essa vila global que exige o domínio da língua inglesa. O termo inglês mundial, inglês internacional e inglês língua franca expõem bem a questão. Compreender o inglês como uma língua sem dono e sem território mundializa a língua inglesa. Quando se tem o inglês como uma língua de comunicação apenas; em que não se perde valores e elementos da própria cultura, internacionaliza a língua inglesa. E quando pessoas não nativas usam o inglês para falar com outros povos não nativos dessa língua, veste-se o inglês de uma roupa chamada: língua franca.
Interessante tudo isso! Não podemos nos esquecer que devemos estudar e conhecer as culturas americanas e britânicas sem idolatria. Quem aprende inglês não pode deixar a cultura dos outros destronar a sua própria. Tentar falar igual a eles é loucura. Só nos EUA há mais de 14 jeitos de falar e no Reino Unido existem outras dezenas.
Não precisamos passar por um nativo da língua inglesa ao se falar o inglês, pois não somos nativos dessa língua. Precisamos sim ser claros gramaticalmente. Devemos sim sonorizar o inglês de forma nítida, límpida, sem margem de embaraços fonéticos. Precisamos e devemos praticar um inglês fluente sem perdermos nossa identidade de brasileiros.

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